Paula Ribas - Canção do Algarve

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O PRIMEIRO DISCO DE PAULA RIBAS!
Esta gravação data de 1957, foi efectuada no Teatro Taborda, na Costa do Castelo, em Lisboa, e pertence à Banda 2 da Face A do disco LP de 33 R.P.M. e 10 Polegadas, matriz “DLPC 4”, nome “Canção do Algarve”, em que escutamos 8 músicas populares portuguesas inseridas no projecto do “Aportuguesamento da Música Ligeira” de António Ferro e Pedro do Prado, que depois seria porcamente chamado de “Nacional-Cançonetismo” em 1969.
Aqui, escutamos a “Canção do Algarve”, uma Marcha de Manuel Paião, com versos de Eduardo Damas, interpretada pela cançonetista Paula Ribas,
Ilídia Dias Ribas vivia em Lisboa com os pais, que fizeram questão que a sua filha nascesse em Faro. Era filha única e a sua tia Maria Virgínia era uma grande actriz de teatro.
Estudou no Liceu Maria Amália e fez os 3 primeiros anos de piano e solfejo ingressando no Conservatório Nacional de Música, onde tirou os Cursos Superiores de Piano, com o professor Campos Coelho, e de Canto, com a professora Marieta Amstad.
Seduzida pelo compositor Carlos Nóbrega e Sousa, substitui os seus estudos de música erudita pelo mundo da música ligeira. Com 17 anos, pede o apoio do Maestro na preparação para o concurso da Emissora Nacional.
Em 1952, tem a sua estreia, atuando no programa "Ouvindo as Estrelas", ao lado de nomes como Luís Piçarra e Margarida Amaral, mas depois, casa-se e abandona a vida artística, que retomará três anos mais tarde, com o apoio da Emissora Nacional.
Em 1957, grava este seu 1º disco para a casa “Valentim de Carvalho”, e depois inicia várias digressões pelo estrangeiro, nomeadamente nas Províncias Ultramarinas, na Europa, no Médio Oriente, Estados Unidos e Canadá.
Nos inícios dos anos 60, aposta num repertório de inéditos da dupla Eduardo Damas e Manuel Paião, destacando-se os temas "Isto é Lisboa" e "É Assim A Madeira".
Em 1965, assina contrato estabelecido com a “Alvorada”, e juntamente com Maria Fernanda Soares, torna-se pioneira em Portugal como intérprete das versões dos grandes sucessos internacionais, adaptados por António José Lampreia, sendo aclamada como a "Raínha do Twist”, devido ao tema "Vamos Dançar o Twist".
No teatro, foi a atração principal na revista "E Viva o Velho" (1966) contracenando com António Mourão, Camilo de Oliveira, Io Appolloni, Luísa Durão e Costinha. Desta revista, sai um dos seus êxitos: “Maria Lisboa” de Eduardo Damas e Manuel Paião. Na revista "Ri-te, Ri-te", destacou-se com a canção “Quatro Estações” do Maestro José Mesquita.
É em Angola que conhece Luís N'Gambi, que tocava no conjunto “Os Rocks” com os dois irmãos, e com o recém-falecido Eduardo Nascimento.
No cinema, foi protagonista ao lado do seu grande amigo António Calvário, do filme "O Amor Desceu de Paraquedas" em 1968, de onde nasce outro sucesso “O Meu Barquinho”.
Gravou o filme "Férias em Portugal" ao lado de Dalida, Alberto Cortez e António Calvário, filme que foi mandado destruir pela Censura, e que nunca foi exibido em público.
Grava discos em Barcelona para a Belter, com inéditos de autores espanhóis, e representa esta editora nos festivais de canção de Benidorm, Málaga, Las Palmas, Orense, entre outros.
Viaja até a São Paulo, Brasil, onde, durante 2 meses, foi a atração do programa televisivo "Caravela da Saudade".
Nesta altura, tinha já mais de 20 discos gravados e tinha atuado em 17 países, cantando em várias linguas (inglês, francês, português, italiano e espanhol
Em 1970 participou no Festival Internacional da Canção com a "Canção da Paz Para Todos Nós" de Jorge Costa Pinto e Francisco Nicholson. No Brasil, grava um LP com temas como "My Funny Valentine", "Noites de Califórnia", "Adeus Lisboa", "Felizes Seremos", "Everybody's Talking" e "My Man".
Regressa a Portugal em 5 de Novembro de 1971, mas depois, estabelece-se definitivamente no Brasil, em 1972, com Luis N'Gambi e a sua mãe, fixando-se em São Paulo, onde foi contratada pelo restaurante "Abril em Portugal".
Em 1974, grava para a editora “Discos Marcus Pereira” o LP "Fados Brasileiros", com composições e poemas de Vinicius de Moraes, Cecília Meireles, Marcos Calazans, Chico Buarque, Chico Alves, Carlos Pena Filho, Caco Velho, Dorival Caymmi e Caetano Veloso, e grava também o disco "Portugal Hoje", feito em colaboração de Luis N’Gambi, composto por versões de temas de José Afonso.
É contratada para cabeça de cartaz do musical "Brasil em Três Tempos" e que esteve durante 18 meses em cena no Hotel Nacional Rio. Percorre o Brasil com o espetáculo "Navegar É Preciso", que deu origem ao álbum homónimo.
Em 1981, grava o disco "Tudo Isto É Fado", e com Luis N'Gambi lança o disco "Navegar é Preciso". Ainda no Brasil, gravam um disco antológico "ANGOLA – Folclore e Canções Tradicionais".
Com a Discossete gravam dois álbuns com sucessos como "Amar Você", "Eu e Você" e "Chuvas de Verão".
Este foi o seu 1º disco, gravado com a orquestra dirigida por João Nobre, num fonograma cedido pelo sr. Henrique Fagundes Vieira, do qual espero que gostem.
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Algarve
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