Ponta de Sagres - Algarve - Portugal

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A Ponta de Sagres situa-se no concelho de Vila do Bispo, entre a Praia da Mareta e a Praia do Tonel.
A denominação Ponta de Sagres tem origem no latim Promontorium Sacrum (Promontório Sagrado). A natureza, o sagrado e o homem conjugaram-se desde sempre neste local, gerando cultos religiosos e mitos históricos, políticos e turísticos. Antigamente acreditava-se que era aqui o fim do mundo.
A Ponta de Sagres configura-se como um gigantesco dedo de pedra apontando para o Oceano. As suas abruptas arribas, com grutas e furnas, atingem cerca de 40 metros de altura e permitem observar deslumbrantes vistas panorâmicas sobre a costa, destacando-se o Cabo de São Vicente, a Praia do Tonel e a Praia da Mareta.
Esta majestosa plataforma de calcários, do período Jurássico, integra-se no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Alberga uma interessante biodiversidade faunística e florística e endemismos únicos. No planalto emergem os lapiás, formados por calcários cársicos.
Encontram-se neste promontório a Fortaleza de Sagres; a Rosa dos Ventos; o Farol da Ponta de Sagres; O Monumento A Voz do Mar; o Auditório; a Igreja de Nossa Senhora da Graça; o Padrão de Sagres; e o Complexo Moderno.

A Fortaleza de Sagres data do séc. XV, tendo sido submetida a sucessivas reconstruções nos sécs. XVI, XVII e XVIII. Este Monumento Nacional foi mandado construir pelo Infante D. Henrique, a fim de apoiar os navegadores e defender a costa. Devido à sua localização estratégica, foi muito importante para os Descobrimentos. Neste período, a civilização europeia expandiu-se a vários níveis, tais como cultural, científico e comercial.

A Torre Cisterna foi provavelmente construída entre 1443 e 1460, no tempo do Infante D. Henrique. Encontra-se atualmente integrada num complexo moderno, da autoria do arquiteto portuense João Carreira. Este complexo data dos anos 90 e inclui um Centro de Exposições, lojas para divulgarem produtos culturais e uma cafetaria.

A Rosa dos Ventos data provavelmente do séc. XV ou do séc. XVI. Esta misteriosa construção foi descoberta em 1919. É constituída por 48 filas de pedras, que formam raios sobre um terreiro circular com 50 metros de diâmetro. Supõe-se que esteja relacionada com a Escola Náutica provavelmente fundada pelo Infante D. Henrique neste lugar. Acredita-se também que possa constituir um relógio solar gigante, construído no séc. XVI a fim de apoiar a atividade naval e militar local.

O Farol da Ponta de Sagres começou a funcionar em 1960, tendo sido demolido o antigo farol. A torre do novo Farol de Sagres tem uma altura de 13 metros. Este farol foi eletrificado e automatizado em 1983, passando a ser monitorizado a partir do Farol de São Vicente, e deixando de estar guarnecido de faroleiros.

O Monumento A Voz do Mar, da autoria do arquiteto Pancho Guedes, trata-se de um caminho em forma de labirinto à volta de uma cavidade natural existente no terreno do promontório. O som ritmado produzido pelas marés, em conjunto com as paredes que sobem em altura, desenham um percurso acústico até à descoberta do local. Neste lugar o mar é sentido debaixo dos pés.

Em 1959/60, o antigo armazém de munições e abastecimentos foi transformado no atual Auditório.

A Igreja de Nossa Senhora da Graça apresenta um portal renascentista, que data do séc. XVI; uma sineira; uma cúpula semiesférica; e uma nave abobadada. A capela-mor ostenta Nossa Senhora da Graça; um retábulo de talha dourada, em estilo barroco; e um painel de azulejos renascentista, onde se podem observar aves, árvores, elefantes e antílopes. Nos nichos laterais existem estátuas de São Vicente e de São Francisco.

O Padrão de Sagres foi inaugurado em 1960 e representa o escudo de armas do Infante D. Henrique. Este monumento reproduz os marcos de pedra que os navegadores portugueses deixaram em vários sítios das costas atlânticas que atingiram e exploraram.

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